quinta-feira, 27 de março de 2014

Crescer dói, mais na gente no que neles...

Esses últimos dias tem sido intensos por aqui. Muita mudança, agitação,  dentes e roxos na cabeça para o meu gosto. E diante de tudo  a impotência e a falta de maturidade para saber lidar com  isso estão acabando comigo. 

Sim, sou uma completa bobona. Outro dia, me meti em uma discussão em um grupo do Facebook que apoia o parto natural. Uma dessas mulheres infelizes se meteu a dizer que a minha experiência de parto vaginal foi uma "violência obstétrica". Eu disse que vomitei porque fiz força e que eu apoio o jejum e, segundo ela, não devia ter feito força, e outras babaquices...Gente, vocês acham que eu sou radical quando falo de parto natural? Precisam ler o que umas malucas por aí tentam por na cabeça da mulherada, xiitas, extremistas, um horror...Enfim, não vou entrar em detalhes, mas o fato é que depois eu descobri que a mulher que debatia comigo tentou duas vezes ter parto natural e não conseguiu, ela culpa os médicos e hospitais por qual passou. Enfim, contei essa história para dizer que esse caso me fez pensar, o quanto deve ser triste ter tanta informação em uma área, saber tudo que pode e precisa ser feito para que algo dê certo, e no fim tal coisa não acontecer como a gente queria. No caso dessa mãe, toda cheia de evidências sobre parto natural, não conseguir tê-lo deve ter sido muito frustrante. 

Então, eis que alguns dias depois eu me deparo na mesma situação dessa mãe. Eu me cerquei e muni de TODAS as  informações sobre amamentação. Tive MUITO sucesso nos primeiros meses, e consegui garantir que o Vítor mamasse exclusivamente leite materno nos primeiros seis meses de vida. Nunca precisamos de nenhum complemento, as mamadeiras que comprei ficarem pegando pó no armário. Só que nessa última semana, tudo mudou.

Depois de duas semanas que introduzimos a alimentação, eu percebi que ele diminuiu consideravelmente as mamadas. Durante dois meses ele mamava 3 a 4 vezes por dia, na semana passada ele passou a mamar 2 vezes, depois passou para 1 vez  e já tem dois dias que simplesmente não quer mais. E hoje (27 de março de 2014) eu comprei a primeira lata de leite em pó, e chorei...

Estou triste com isso. E o meu sonho de amamentar até os dois anos? E tudo que eu sei quanto aos benefícios do leite materno? Só posso agradecer por esses 8 meses em que o Vítor NUNCA teve febre, nunca teve NADA! 

Ainda resta uma ponta de esperança. Espero que ele não tenha largado o peito definitivamente. Porque hoje eu também descobri que o terceiro dentinho já apontou para nascer, e isso explica um pouco toda essa agitação.

Há duas noites ele acorda, no meio da madrugada, aos berros. Tento acalma-lo no peito mas a briga é feia. Vou torcer para que sejam mesmo os dentes, enquanto isso estou tomando muita água e estimulando o peito com a bomba manual de sucção. Espero, realmente, que o problema seja esse afinal, sonhar não custa nada.

Sem mencionar o episódio da queda, um segundo de descuido e um impulso espoleta fizeram o primeiro roxo na testa. Nem preciso dizer que chorei junto, aliás acho doeu mais em mim do que nele. 

E é isso. Ser mãe é crescer junto com eles, mesmo que a gente não queira. Evoluir é inevitável, e é lindo, apesar de ser um caminho árduo! A vida é cheia dessas surpresas e a maternidade se descobre a cada dia, e embora querendo acertar vamos errar. E mesmo que que a gente se ache uma péssima mãe, seremos as melhores mães do Mundo para os nossos filhos. Ser mãe é muito mais do que se fala por aí...Ser mãe é crescer na marra, é admitir que não se sabe tudo e que as coisas nem sempre saem do jeito que nós queremos, afinal eles já tem personalidade e mesmo que sejam um "pingo de gente" eles já sabem escolher o que querem ou não querem. Por isso que crescer dói!








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