domingo, 16 de agosto de 2015

Meu baby tá chegando: A arte de mudar de opinião: porque decidi batizar só com 2 anos

Meu baby tá chegando: A arte de mudar de opinião: porque decidi batizar só com 2 anos: Acredito que para ser do bem, para viver em Deus, não existem regras. Além, daquelas em que a própria Natureza, que nada mais é do que Deus sendo manifestado, explica. Toda ação causa uma reação, e assim todo o bem que a gente faz, o bem retorna para nós. E isso serve para bons ou maus sentimentos. Por isso, além de fé em Deus, acredito que "quem planta milho, não colhe feijão". Para sermos felizes, precisamos carregar conosco boas ações e coração puro,  livre de sentimentos como inveja e rancor. Quem sente paz, quem não fala mal dos outros, quem não leva mentiras e não espalha fofocas, quem não julga é livre, leve e solto, quem vive assim, mesmo que não acredite, vive em Deus.

sábado, 15 de agosto de 2015

A arte de mudar de opinião: porque decidi batizar só com 2 anos

No post passado, naquele extenso relato sobre meus 30 anos,  falo bem no final sobre o direito que temos em mudar de opinião. E é sobre isso que quero escrever hoje.  

Na vida materna somos constantemente bombardeadas com informações, e há algum tempo eu percebo o quanto as experiências que tomamos e por conseqüência,  seus resultados afetam as nossas opiniões. E eu estou sendo bem generalista, desde que estava grávida mudei muito a forma de pensar sobre várias coisas, amamentação, parto, criação. Imagine só, se eu mudei e me transformei, é obvio que as minhas "convicções" também mudaram. 

Mas, escrevo porque quero relatar algo em que recentemente mudou drasticamente em mim. Nasci e cresci em uma família católica, fiz catequese, frequentava rigorosamente a Igreja, fui corinha e catequista. Mas, a medida em que expandi horizontes, conheci outras culturas e  religões, enfim vivi no Mundo experiencias que me distanciaram da Igreja. Por várias razões acreditei por muito tempo que não precisava estar em um local especial para que "estivesse com Deus". Preciso, antes de tudo, ressaltar que sou uma pessoa altamente espiritualizada, tenho fé, acredito em Deus, mas não necessariamente frequento a risca nenhuma religião. Ainda tenho dificuldades em aceitar que tenhamos que seguir "regras" para que sejamos aceitos ou que são estas mesmas "normas" que ditam a qualidade e o tamanho de sua crença. Quanto a isso, nada mudou. O que quero dizer é que, por pensar assim eu e meu marido decidimos que não iríamos batizar o Vítor em nenhuma Igreja. 

Acredito que para ser do bem, para viver em Deus, não existem regras. Além, daquelas em que a própria Natureza, que nada mais é do que Deus sendo manifestado, explica. Toda ação causa uma reação, e assim todo o bem que a gente faz, o bem retorna para nós. E isso serve para bons ou maus sentimentos. Por isso, além de fé em Deus, acredito que "quem planta milho, não colhe feijão". Para sermos felizes, precisamos carregar conosco boas ações e coração puro,  livre de sentimentos como inveja e rancor. Quem sente paz, quem não fala mal dos outros, quem não leva mentiras e não espalha fofocas, quem não julga é livre, leve e solto, quem vive assim, mesmo que não acredite, vive em Deus. 

Creio, piedosamente, que de nada vale ir toda semana a Missa, ao Culto, a Reunião Espirita, se você fala mal do seu vizinho, se você critica o tempo todo os outros, se você acha que é o melhor naquilo que faz e não admite ter concorrentes. Se você deseja que um casal se separe, porque "não suporta" a esposa dele. Desculpa, você está vivendo uma mentira. 

Ninguém consegue viver em perfeição, e é lógico que temos opiniões contrárias, e o famoso ditado, muito bem aqui se aplica "o que seria do branco, se todos gostassem do preto?". Por isso, eu posso sim achar que a "fulana" é chata, se já conversei com ela e vi que nada se aproveita, somos diferentes, não consigo estabelecer com essa pessoa uma amizade porque temos estilos e pensamentos diferentes. Posso acha-lá feia, gorda, cafona, porque odeio aquele tipo de cabelo, acho brega. E claro, isso não é errado. Desde que eu não tente desmerece-la, ou prejudicá-la. E sinceramente, qual o problema das pessoas quanto a isso? Você não pode discordar de ninguém que é recalque, e sinceramente, já deu né! Esse papo de "recalcado" só é legal quando cantado pela Valesca Popozuda. Fora isso é "mania de perseguição" e por favor, parem com isso que fica feio! 😋

Tendo essa consciência, e sabendo que o que penso hoje não é o mesmo que acreditava ontem, decidi, depois de muita insistência da minha mãe, batizar nosso filho na Igreja. Era um antigo pedido dos meus pais, da minha sogra e de alguns familiares. Mesmo depois de termos combinado que ele não seria inciado por nós em nenhuma religião além daquela que está dentro de cada um. Mudei de opinião. 

Sim, MUDEI DE IDEIA, voltei atrás, refleti. E ainda que não concorde, com 100% do que esta religião prega, demos a ele a chance de também fazer parte. Talvés hoje o entendimento que ele tenha seja pequeno, mas eu conversei e expliquei nossos motivos. E assim que crescer, ele, será lembrando disso. O importante não é onde  nem como você reza a sua fé, mas como você a expressa. Acredito que para viver em Deus, tenhamos que viver na Paz, e principalmente na verdade. Temos que ser fiéis aos nossos sentimentos, construir e manter bases sólidas de amizade, cumplicidade e respeito. E por mais que as vezes as pessoas nos decepcionem, existe o perdão, e ele precisa ser praticado. Ninguém nesse Mundo é melhor ou pior que você, julgamentos só afastam as pessoas e a vida é um constante aprendizado. Isso, meu filho, é o que importa. 

O dia do batizado dele foi muito especial, por vários motivos. Primeiro a família estava toda reunida, e aproveitamos para que além do Vítor a minha sobrinha Yasmin fosse batizada. Além disso, foi o dia do meu aniversário de 30 anos e eu comemorei triplamente. Reuni a familia para um jantar, e comemoramos a vida e essa importante iniciação dos nossos pequenos. Por isso vou compartilhar no blog as fotos dessa noite maravilhosa, vivida intimamente por nós!










Minha cunhada, sobrinha e irmão! 


Nossos pequenos nesse dia Especial!





Padrinhos do Vítor, meu irmão Daniel e a irmã do Vítor Mari






Vítor e os "dindos"



Recebendo o óleo do batismo.


Vovó e vovô dindos




Jantar de comemoração para a família

Batizado e meus 30 anos!










Mamãe "balzaquiana" desabafo sobre os meus 30 anos...

Dá licença querida leitora (ou querido leitor). Mas, hoje não vou dar nenhuma dica "materna", preciso fazer uma catarse do que completar 30 anos significa para mim. Que atire o primeiro batom  M-A-C a mulher que chegou nessa idade e não "ficou em crise". Venho pensando nisso há uns 2 meses, quando parei e me dei conta que estava saindo dos 20 e muitos, e pulando para outra fase da vida. É fato que as transformações que nós mulheres sofremos não acontecem no dia para a noite, e essa "crise" também não começou assim.  Eu tenho como lema viver a vida sem "frescuras", mas como a jornalista pensante e metida que sou, não pude deixar de "analisar a conjuntura" dessa passagem. 

O que percebi com a aproximação dos 30 é que não posso apenas dividir a Dayana de 20 e poucos com uma provável nova Dayana com 30 anos. O que consigo é analisar TODOS  esses 30 anos vividos até aqui. Nasci e vivi os primeiros anos de minha vida, em uma pequena casa mista no interior. Com 4 anos mudamos para a cidade, mas as idas ao sítio eram frequentes, e a melhor lembrança que tenho desta época são as brincadeiras com os vizinhos, o cheiro de pão caseiro assando no forno a lenha, e a vitamina de morango que a dona Nita fazia sempre. Desses primeiros anos  posso concluir que: viver na simplicidade, desfrutando das pequenas coisas da vida como brincar é essencial para formar uma pessoa segura. Eu cresci num lar cheio de amor, carinho e cuidado. Eu e meu irmão éramos o "centro" das atenções. Se eu fui mimada? Sim, fui. Se hoje isso faz de mim uma pessoa arrogante? Não, não faz. Ser criado com apego e afeto me transformou numa pessoa que sabe qual seu lugar no Mundo. Aprendi desde cedo a respeitar os outros. Porque cada ser humano é único, tem suas qualidades e defeitos e é preciso compreender a essência de cada um para saber lidar com as particularidades. 

Depois disso, foram muitas mudanças. Viemos para a cidade, trocamos de casa duas vezes. E nesse meio tempo,  fui "contaminada" pelo pensamento consumista e machista que move o Mundo contemporâneo. Cresci acreditando que para ser feliz eu deveria ser uma Paquita do Xou da Xuxa, linda, loira, magra e ter pernas finas.  E o óbvio é que não era nenhuma das três coisas. Por isso confesso: só hoje com 30 anos posso garantir que superei esse "complexo". Porque afinal de contas não tenho esse biotipo, e mesmo que emagreça 20 kilos minhas coxas continuarão grossas, sim hoje em dia me acho linda tá! E se quiser também posso ser loira, mas não quero, dá muito trabalho e eu não estou afim. Então, alô industria da moda, eu sou assim, e me sinto feliz como sou, me deixem em paz com as minhas pernas de "Carla Perez".

Também cresci com um complexo por sapatos, por isso a identificação total com a Carrie Bradshow, da séria Sex in The City. Quando pequena, tinha as pernas tortas e o melhor tratamento ortopédico da época era usar umas botas brancas, horríveis diga-se. Também passei os primeiros anos da educação infantil sofrendo, o que hoje em dia chamam de  "Bullyng". Eu amava acessórios, e a minha mãe colaborava com isso,  eu tinha uma coleção de lancheiras, uma para cada dia da semana.  E todos os dias, na hora de ir para casa, quando minha mãe ia me buscar a minha lancheira não estava pendurada com as outras. Algumas colegas a escondiam, uma vez jogaram dentro da privada. Sim, meninas de apenas 5 anos fazem isso,  não sei como nem por que alguém ainda achava graça, mas  mesmo tão nova, aprendi outra importante lição, que carrego para a vida toda: vivemos numa sociedade que, infelizmente, estimula a competição e a maldade entre as pessoas, principalmente entre as mulheres. Passando por tudo isso posso concluir que por mais legal que você seja, sempre vai haver alguém que não vai gostar de você, pelo simples fato de você ser você mesma. Ou porque você tem algo que elas não podem ter,  e as vezes não são bens materiais. Ou porque você tem uma família feliz, é bem resolvida, é bonita, os motivos são vários. O fato é: não é possível agradar a todos, por mais legal e simpática que você seja. 

Mas enfim,  sobrevivi a infância, mesmo que com esses "percalsos". Entrei na pre-adolescência  rodeada de muitos acontecimentos  especiais. Comecei a fazer aulas de piano porque minha mãe queria que eu melhorasse as notas de matemática,  e por conta das pernas tortas, ainda na infância, comecei a dançar ballet. São paixões que cultivo até hoje. Sendo importantes para superar o bullyng têm atualmente quase a mesma função, fazem com que eu me sinta especial, e são poderosos "anti-stress". Nessa época,  meus pais compraram uma casa nova, e eu ganhei três grandes presentes: um quarto cor-de-rosa (olha aí a veia consumista atacando novamente), uma casinha de bonecas com cortinas e tapetes feitos pela minha avó, e o melhor de todos os presentes até então: uma MELHOR AMIGA, que aliás, tenho até hoje.  Ela era minha vizinha, e dessa época as melhores lembranças são: tardes de brincadeiras intermináveis na minha casinha, a volta da aula e a expectativa de jogar "vôlei de grama", andar de roller, e viver a vida despreocupadamente. A lição desse perído é: fazer amigos e cultiva-los faz bem a alma e ao coração. Obrigada Samy por ser até hoje a "the best" amo você!

Então, num piscar de olhos eu cresci, fui para a faculdade. Além de aprender um ofício, posso dizer que essa fase foi intensa. Tive de morar sozinha,  em  uma cidade "grande", rodeada de  perigo, amigos novos, responsabilidade de um trabalho, aprendendo a viver com pouco ou quase nada de dinheiro. Tive sorte porque naqueles anos também fiz amigos especiais, gente do bem, gente "fina, elegante e sincera", que convivo, virtualmente, e as vezes pessoalmente até hoje, mais de 10 anos depois de conhecer. Dessa fase posso dizer que: além de ter certeza sobre o meu caráter aprendi que é na dificuldade e na adversidade que se conhece as pessoas. Na faculdade, ainda que estudando juntos uma mesma profissão, aprendemos a respeitar as diferenças. Imagine você uma sala lotada de gente, cada um com uma opinião e disposto a defende-la, com argumentos embasados e segurança para expressar o que acredita ser a sua verdade. A faculdade de comunicação é uma loucura, mas ao mesmo tempo é uma delícia, que saudade dessa época. 

Crescendo mais um pouco,  vem a responsabilidade de formar uma família, viver em dois, e depois de alguns anos agora em três. Não posso esquecer de todos os outros "pares" que tive antes de encontrar aquele que seria o "definitivo". Se sou uma esposa, embora ainda que aprendiz, eu fui a namorada ciumenta, a que foi deixada em uma rodoviária, ou que terminou o namoro por telefone,  a que não respondeu a mensagem, a que "se libertou" daquele mala que ninguém na família gostava, nem ela. Dessas experiências, desculpa Marido, aprendi que todo mundo que passa na sua vida é importante, porque as pessoas trazem bagagem e o convívio com elas se transforma em aprendizado. Obrigada a todos os meus "ex" vocês foram essenciais para que eu me tornasse a mulher que hoje sou. E claro, a chegada do "cara" que mudaria tudo, para sempre. Ser mãe do Vítor, transformou definitivamente a menina em mulher. Gestar e parir, foi um grande marco. A experiência do Parto Natural me ensinou que posso encontrar na Natureza da vida a resposta e a cura para tudo. Já disse isso outras vezes, mas ao sentir você dentro de mim, e depois atravessar com você filho a "ponte do nascimento" foi uma experiência surreal de poder chegar mais perto de Deus, afinal a vida é uma benção , e dar a luz é um milagre. 

Mas enfim, a Dayana que chegou a marca dos 30 ainda não está completa, sinto que ainda tenho muito o que viver e aprender. Mas, posso me definir pelas palavras de Balzac, alias recomendo a leitura. Passei essa ultima semana (hoje faz 7 dias que completei os 30) lendo esse romance. E com, talvéz muita pretensão, me considero uma "balzaquiana", de certo porque sinta que "Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer'. 

Aos 30 tenho sede de viver, de conhecer, de me permitir, mesmo que algumas vezes, passar por momentos de tristeza, sentir melancolia, ou de puro conhecimento pessoal. Eu quero mudar de opinião, porque viver é se transformar.  Quero apoiar e lutar pelas causas que eu acredito. Quero criar meu filho num mundo menos consumista, alimentá-lo sem açúcar e conservantes. Fazer comida caseira, mas também se quiser dar doce e industrializados sempre que me der vontade e ele quiser. E se  me chamarem de chata por conta disso, e daí? Por favor, me julguem, não posso fazer nada quanto a isso. Como já diz o ditado "sou responsável pelo que eu digo, não sobre o que as pessoas entendem".  Com 30 anos descobri que as vezes, por mais que você se esforce não dá pra ser "eternamente responsável por aquilo que cativas" porque as pessoas precisam ser livres para acreditar no que bem quiserem. O que a gente precisa é ser "eternamente responsável" pelos nossos próprios sentimentos, mesmo que mutáveis, eles são nossos e precisamos, com todas as forças, sermos fiéis a nós mesmos. com 30, 40, 50 … quero sorrir, cantar, tocar piano, dançar  ballet mesmo que com a turminha de 15 anos.  Porque no grande palco da vida, mesmo que você não queira brilhar, viver é sempre sentir frio na barriga. E se você não está sentido, desculpa você não está vivendo! 



quinta-feira, 30 de julho de 2015

Para meu filho ler quando crescer: Carta de 2 anos de vida!

Nunca mais escrevi, faltou tempo, ânimo, assunto (isso tive vários) mas enfim, nesse tempo todo simplesmente achei que não estava preparada para voltar a escrever. Mas, promessa é promessa, e eu jurei a mim mesma escrever uma carta todos os anos, e aqui estou. 

Para meu filho amado, pelos seus 2 anos de vida…

Oi amorzinho! Mais um ano se passou, e pouco antes de abrir o computador para escrever estava pensando que há dois anos eu estava recebendo uma reconfortante massagem nos pés. Enquanto essa cena visitava a minha memória, ouvia seus gritinhos de alegria, você estava brincando com o papai, correndo todo eufórico pela casa. 
Filho amado, escrevi na carta de 1 ano o quanto você foi esperado e desejado e o quanto a sua chegada melhorou as nossas vidas. Nessa, eu gostaria de relatar como foi o seu segundo ano de vida. Vou começar relembrando a sua festa de 1 ano. Diferente da maioria optamos por não fazer nada muito grandioso, o que não deixou de ser muito especial. Para poder reunir quem é realmente importante em nossas vidas, fizemos tudo lá na cidade que mora a vovó Fúlvia, e os irmãos do papai, Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Como a vózinha está doente, a viagem para cá seria muito cansativa para ela, portanto montamos uma "operação Vítor 1 ano", fizemos tudo aqui em Curitibanos e levamos para lá. Foi bem divertido, a vovó Sirley, a mamãe e a mana fizeram docinhos, a tia Angela e a Bisa os salgadinhos, nós fomos um dia antes na sexta dia 1.o e elas no sábado, dia da festa. Foi uma aventura, a mamãe decidiu que queria uma parede de balões azuis, e alugou um compressor de ar para encher os mais de 200 balões, todos ajudaram, a Carol, o tio Luis e o tio Casso e a tia Cris. Enquanto a vovó Sirley cuidava de você com a tia Rose. Deixamos quase tudo pronto na sexta-feira a noite. No sábado a tia Angela, a bisa e a tia Dani chegaram perto do meio-dia, fomos almoçar no shopping, e em seguida fomos arrumar o restante da festa. O dia foi muito especial, recebemos nossos amigos, e familiares, você adorou, eram poucas pessoas e nada lhe causou muita estranheza. O mais divertido foi empurrar as cadeiras, você fez isso por muito tempo. Naquela noite, dormiu sem tomar banho, de tão cansado que ficou. Espero que conhecendo essa história possamos te ensinar o que realmente importa nessa vida: que é a sua família. Fazemos tudo uns pelos outros, atrevessamos 4 Estados (não posso esquecer que o titi Daniel e a tia Marcinha também fizeram um esforço enorme para estar lá com você), acordamos de madrugada, nos sacrificamos para poder estar juntos. Tudo isso porque o amor que todos nós sentimos por você e uns pelos outros é enorme, do tamanho do Universo. Guarde isso com você sempre: o amor que a sua família sente é único, especial e deve sempre ser valorizado e preservado.







Logo depois disso embarcamos para uma viagem, uma espécie de "mini-férias". Você viajou pela segunda-vez na sua vida de avião. Fomos visitar uma cidade maravilhosa, e estar perto de pessoas muito especiais. E com essa lembrança gostaria de lhe dizer uma segunda coisa que você deve saber e guardar para a sua vida: faça amigos sinceros. Cultive boas amizades, escolha bem com quem repartir bons e maus momentos da sua vida. Amigos verdadeiros são dádivas, presentes. São a família que nós nos permitimos escolher. Vale muito a pena ter amigos, assim como seus pais têm. 

Voltamos para Curitibanos e cerca de um mês depois começamos a mudança para a casa nova. Foi uma época bem complicada, tudo estava meio bagunçado, mas aos poucos fomos ajeitando as coisas. Você estava crescendo e mudando rapidamente, a cada dia uma nova descoberta. Na semana que o papai completou 50 anos você enfim deu seus primeiros passos sozinho, parecia um pinguim, era muito engraçadinho. Saiu andando assim, e logo ficou mais firme, não caiu nenhuma vez, não demorou muito já estava correndo por toda a casa, como você faz, aliás, estava até agora pouco fazendo. 




Nesse seu segundo ano de vida, foram inúmeras as suas conquistas e nítido o seu desenvolvimento. Aprendeu a usar o Ipad sozinho, hoje em dia você escolhe seus vídeos no YouTube ou no PlayKids. Segura o lápis de cor sozinho e pinta seus desenhos, brinca com seus carrinhos, e na areia, e descobrimos um de seus maiores prazeres: andar de bicicleta com o papai. Fica todo animado e feliz quando colocamos o capacete em você, o que é um mistério já que detesta usar boné ou chapéu.



Também sabemos do que você não gosta: piscina definitivamente não é algo que curta muito. Só quando o papai está junto. Achamos que você não gostava da água gelada, mas tentamos te levar na aquecida e não foi muito diferente. Você também não gosta de assistir aos programas de adultos na televisão, de beterraba e, para alegria da mamãe, de Danoninho.

Meu filho amado, muitas coisas boas e outras nem tão boas assim aconteceram nesse seu segundo ano de vida. Só pra você saber o seu País não anda muito bem, estamos bem chateados com o atual Governo, por todos os lados sentimos os reflexos da crise econômica. Por conta disso todos aqui passamos a reduzir custos. E tentamos até economizar nas suas fraldas, afinal todo mundo precisa colaborar não é? Experimentamos uma marca bem mais barata, mas não deu muito certo, na verdade foi horrível, você ficou todo assado, um pecado. Por fim, decidimos que economizaríamos em outra coisa mas as fraldas continuariam as mesmas. Então, deixo para você mais uma importante lição: dinheiro é bom, mas não é tudo. Temos que aprender a nos adaptar a ele, e não ao contrário. Não podemos ficar escravos do dinheiro, senão nunca seremos felizes. Não precisamos de muito para viver felizes, com saúde e conforto. Já disse isso para você no ano passado: o que é importante de se cultivar na vida, são os bons sentimentos, amor, amizade, lealdade. 

Todos os dias eu agradeço a Deus a oportunidade de ser sua mãe. Estou aprendendo a ser uma pessoa melhor por você. Nem sempre consigo, as vezes eu brigo, já gritei com você algumas vezes e isso não é algo do qual me orgulho. Sempre que der eu quero conversar contigo, porque acredito que a nossa relação precisa ser de cumplicidade, afinal nós nascemos juntos. No dia 31 de julho de 2013, nasceu você meu filho lindo, e também nasceu a Dayana mãe. Nunca poderia imaginar como eu seria sem que você tivesse nascido e me feito aprender como é ser mãe. Confesso que ainda não sei, e acho que mesmo quando  você for homem feito ainda não saberei, de todo modo, desculpe-me pelas minhas falhas, saiba que as intenções são as melhores possíveis. A cada passo dado, cada não que é dito, cada tentativa, as vezes frustrada, de fazer cereal  e iogurte caseiro, eu estou colocando todo meu amor, carinho e atenção. Desejo, do fundo do meu coração ouvir você me chamar de mãe um dia, estou aqui aguardando o seu tempo, a sua vontade. Foi assim para você chegar lembra? Eu dizia quando ainda estava na minha barriga: "você tem o seu tempo, venha quando estiver preparado". Então, quero muito que você consiga se expressar, e enquanto ainda não consegue, eu também farei isso por você, dizendo com todo meu coração, to indo lá no seu quarto assim que acabar de escrever esse texto. Vou susurrar bem perto do seu ouvido, baixo para não te acordar, mas alto o suficiente para tocar direto no seu coração: "Filho, amo você mais que tudo, mais que a mim mesma, seja feliz, seja forte, que Deus te abençoe e proteja sempre. Te amo".






sexta-feira, 15 de maio de 2015

Meu filho não fala, e agora?!


Olá mamis, escrevi este post há uns 3 meses. Não postei porque na época meu computador estava mal configurado e eu não conseguia editar acentos. Mas, agora corrigi... Enfim, muita coisa aconteceu desde então, e no final está uma atualização! 

A primeira palavra que uma criança geralmente fala é mãe, ou alguma relacionada. Mamãe, papai, vovó, au au, enfim. Quando a mamae/blogueira/jornalista/neurotica/  aqui ja estava super preocupada a respeito dele ainda não falar, afinal já está  com 1 ano e 9 meses,  eis que ele "desembuchou". Até agora  tudo que saiu foram apenas monossílabos como, Ma, Aaaah, Gaaah, MammmMammmMaaam, Vvvvv, Muuuu, Uuuu, Aaaum (acompanhado de um dedo indicador fazendo sinal de negação). Ele sabe diferenciar todos os animais da fazenda e da floresta, reconhe algumas cores, distingue os brinquedos, carro, bonecos, etc, só que não fala uma palavra sequer. Bem,não  falava.
Há dois dias ele pronunciou "água" bem devagar, e ainda arrastando o aaaaa. Nós estavamos no carro, e não havia nenhum contexto, perguntei se ele queria água e ele não respondeu, não era sede, deduzi. Ele estava apenas testanto o som dessa palavra. Em momentos isolados dos dias seguintes eu percebi ele falando novamente. Mas hoje, aliás agora pouco ele falou água  e apontou para o chuveiro, que já estava ligado esperando aquecer para ele tomar banho, e mais uma vez depois que o pai dele perguntou o que ele queria por na banheira ele disse "água" pela segunda vez. 


Atualização! 

Enfim, como disse lá no começo, escrevi esse texto quando o Vítor estava com 1 ano e 9 meses. Eis que, depois desse dia ele NÃO VOLTOU A FALAR!  Parece até "bruxaria", mas depois de falar várias vezes água ele simplesmente não disse mais nada. Nesse meio tempo ele pegou um resfriado e fomos ao pediatra. Desde que ele fez 1 ano conversamos sobre o fato dele "não falar". E o médico sempre me tranquilizou explicando que era normal. Mas, sabe como é né? Mesmo não querendo, mesmo lendo pilhas de textos na internet, participando de Fóruns com outras mães, várias dúvidas e inseguranças acabam surgindo. Por algum tempo fiquei super aflita! Li alguns textos sobre crianças autistas e já estava diagnosticando ele com o transtorno. Minha mãe é professora na APAE, e por alguns momentos ficou em dúvida também. Mas, a preocupação maior não era só pelo fato dele apresentar alguma síndrome, o que para mim não mudaria em nada o amor, mas sim o fato de não estar dando a ele a atenção ou tratamento adequados. Combinamos com o pediatra aguardar um pouco mais, íamos esperar que completasse 2 anos para então tomarmos uma "atitude". E assim foi feito. Marquei uma consulta de rotina, verificamos peso, altura e, como sempre, o desenvolvimento dele é perfeito. Então, o pediatra solicitou alguns exames e avaliação com uma fonoaudióloga. E lá fomos nós. Tentamos fazer os exames, seria o teste da Orelhinha e mais um exame que verifica a audição. Não conseguimos porque a criança tem que ficar parada, e como ele já tem 2 anos não deixou. Combinamos de tentar fazer com ele dormindo. Mas, já fizemos uma avaliação. E, pela entrevista com a fono, a princípio, ela constata que o problema não é auditivo, e sim comportamental. Segundo ela, o Vítor desenvolveu outra forma de se comunicar com a gente. Ele usa gestos, nos puxa pela mão, aponta as coisas que quer, e as vezes chora até conseguir.    Começaremos hoje as sessões de terapia, e vamos todos juntos ajudá-lo a superar isso e desenvolver a fala. Estou confiante e acredito que logo logo vou ouvir um "mamãe", porque mãma mãma de vez em quando já sai. 

Torçam por nós! 




Beijos! 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Do meu filho cuido eu!

Quem nunca ouviu uma mãe falar isso, levanta a mão! Bom, eu mesma, se não falei já pensei assim. Só que nos dias de hoje, com todo esse acesso a informação é impossível não termos que ouvir (ler) diversos relatos e suas opiniões sobre  como estamos criando nossos filhos. Eu sigo, tanto no Facebook e Instagram, diversos outros blogs maternos, e na maioria deles eu me identifico, porque no fundo, mesmo sendo tão diferentes somos muito iguais. Somos todas mães, algumas de primeira, outras de segunda ou mais viagens, querendo dar o nosso melhor. Claro, sempre existem as exageras, as perfeitas, mas a moda agora é ser modesta. Fazer o tipo "sei que não sou a melhor mãe, mas eu me esforço ao máximo", sim e quem não se esforça? 

Bom, não sou nenhuma blogueira famosa, e possivelmente não serei, porque não me esforço para que isso acontece, meu blog não é hospedado em nenhum domínio .com e não quero fazer disso meu "negócio". Escrevo e compartilho as bobagens que eu penso porque sou jornalista por formação, escrever e obervar estão na minha veia. Então, vamos lá, ao assunto que me motivou a escrever esse post. E você que tem paciência para a ler as minhas bobagens, obrigada pelo clic. 

Do meu filho cuido eu: sim, é responsabilidade minha educá-lo. Mas, por favor amigas mães, se esforcem mais para não criarem pequenos idiotas. E sério, infelizmente tenho visto muito "mini-idiotas" por aí. Não, isso não é nenhum conselho, nem uma espécie de "manual para não ter filhos idiotas", até porque, quem sou eu? Acabei de entrar nessa de mãe, faz só dois anos e pouco que penso nesse assunto, então que experiência eu tenho para falar? De fato quase nenhuma, mas como disse antes, nasci com esse dom observador, e acreditem ou não, ficou bem mais apurado depois da maternidade. Se eu trabalhasse em algum jornal, daria trabalho e iria incomodar muita gente com esse meu "faro mais apurado". Mas, como agora a única coisa que eu "reporto" são coisas de "mãe"vamos a um fato que tem me deixado bem intrigada. 

Há vários dias estamos frequentando a piscina do clube aqui na cidade, e sempre existe aquele garoto, ou garota, (não estou falando de ninguém especificamente, isso não é uma indireta ou direta para nenhuma mãe) que não consegue estabelecer uma maneira tranquila de brincar com as demais crianças. Não sou espeialista em psicologia infantil, e não quero aqui analisar o comportamento de nenhuma criança. Mas, essa pergunta fica martelando na minha cabeça: "por que algumas crianças tem dificuldade em brincar? Por que elas não conseguem dividir seus brinquedos? Por que elas não conversam com as outras crianças? Por que? Por que? Por que? Bom, apesar de tantas duvidas, eu sei a resposta. Porque eles são crianças, estão apenas no começo dessa caminhada. Elas não sabem das coisas, porque não viveram elas. Pode ser que hoje ela não saiba dividir ou se comunicar, mas ao ver as outras crianças ela aprenda. Portanto, as vezes nós adultos tachamos e rotulamos os pequenos como "egoístas" ou como "maldosos" porque essa ou aquela criança veio até o seu filho e arrancou o brinquedo dele, e o fez chorar. 

O comportamento da criança é esperado e eu aceito porque a culpa não é dele, as crianças são assim e ponto. Elas não sabem lidar muito bem com as emoções que sentem, porque é tudo novo. O que me incomoda nesses casos em que o filho as vezes é agressivo com outras crianças é o comportamento dos pais diante de tal fato. A boa educação está, quando os pais estão observando o comportamento do filho e ali, no momento em que o fato desagradável acontece ele é repreendido. Não defendo, em hipótese nenhuma, que a criança seja humilhada na frente de estranhos, mas da melhor maneira possível, com tato e sensibilidade a mãe ou o pai, ou seja lá quem estiver com ela, precisa dizer que o seu comportamento foi errado. 

Por isso, para não criarmos pequenos idiotas, nós não podemos ser idiotas. Ir para a piscina com o filho, independente da idade que ele tiver, nem sempre é só uma atividade de lazer. É um momento de socialização, eu também quero conversar com as minhas amigas, tomar sol e tentar, mesmo que inutilmente, ficar com as pernas bronzeadas. Ir na piscina, numa festa ou na casa dos seus amigos que têm filhos, são momentos de mostrar que você tem feito um bom trabalho como mãe. 

O papel dos pais nesses casos, vai muito além de evitar que o filho se afogue na piscina. É o de garantir que ele não seja o "menino chato" que tira o brinquedo de todo mundo e não sabe brincar com os outros, nem que você tenha que ficar ao lado dele o tempo todo, dizendo nem que seja mil vezes, que ele não pode fazer isso. 

Para quem acredita que a criança tem que aprender por si mesma a se defender, superar seus medos e traumas eu digo: eu também acho isso. A mãe ou o pai não tem que ser "xerife" ficar dando ordens ou repreendendo a criança alheia. Ou ainda, sufocar o filho, impedindo que ele não sofra.  Cada um tem que cuidar do seu próprio filho. Por isso esse trabalho de conversar sobre o que se deve ou não fazer começa em casa. 

Bom, não é para ser um conselho, é apenas uma observação. Não sei se comigo vai dar certo, mas já vi casos em que criar os filhos com esse cuidado deu. Como já falei sou uma observadora, tenho várias amigas que criaram seus filhos assim, e hoje são crianças maravilhosas, me espelho nelas. 

Eu vou tentar, e você?

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Obrigada

Beijos e até a próxima!


O importante, nessa caminhada de "ser mãe" é garantir que o sorriso nunca saia do rosto do nossos filhos. E quando isso acontecer, nada melhor que um colo e um abraço, mesmo quando eles não estiverem certos, mesmo quando eles falharem, devemos estender os braços e mostrar para eles que o amor supera tudo. Hoje, por serem muito pequenos, eles podem não entender porque fazemos isso, mas no futuro, quando forem homens de valor e respeito, saberão.