domingo, 11 de maio de 2014

Minha reflexão para Dia das Mães

Sério, por que celebramos o Dia das Mães? Fiz uma pesquisa rápida na internet e de acordo com alguns sites, essa comemoração é bem antiga.  Na Grécia, a entrada da primavera era festejada em honra a Rhea, a Mãe dos Deuses. Nos Estados Unidos as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada pela ativista Ann Maria Reeves Jarvis, que fundou em 1858 o Mothers Days Works Club, com o objetivo de diminuir a mortalidade de crianças em famílias das mães trabalhadoras. Mas, foi a filha de Ann, Anna Jarvis, quem em 12 de maio de 1907, dois anos após a sua morte, iniciou uma campanha para que a data fosse um feriado reconhecido. Em 08 de maio de 1914 o Congresso Americano aprovou o manifesto Joint Resolution Designating the Second Sunday in May Mother`s Day. O principal objetivo desse feriado era lembrar o trabalho de sua mãe em prol das pessoas feridas durante a Guerra da Secessão e também pela paz.

Mas, como todo mundo sabe, os americanos adoram consumir, e não demorou muito para que a data virasse um grande circo para o capitalismo consumista. A "mercantilização" da data fez com que Anna Jarvis se afastasse do movimento e pedisse que o feriado fosse abolido.

Aqui no Brasil, a data só passou a ser comemora depois que o presidente Getúlio Vargas, a pedido das feministas da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, oficializasse a data no segundo domingo de maio, isso em 1932. A iniciativa fazia parte da estratégia das feministas de valorizar a importancia das mulheres na sociedade, animadas com as perspectivas que se abriram a partir da conquista do direito de votar, em fevereiro do mesmo ano. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.

Por aqui, a exemplo do que houve nos Estados Unidos, a data acabou virando uma grande jogada publicitária para aumentar as vendas do comércio. E, todos nós caímos nessa direitinho. Afinal, quem é que não compra, ao menos, uma lembracinha para a sua mãe nesse dia?

E eu reconheço que caí na armadilha do consumismo. Eu e meu irmão sempre nos empenhamos para que o Dia das Mães seja perto de nossa mãe e sempre garantimos os presentes. 

Esse foi meu segundo Dia das Mães como "mãe". No ano passado estava grávida de 6 meses, já sabia que o meu bebê se chamaria Vítor, já sentia ele se mexendo dentro de mim, já sabia que assim que o visse seria amor a primeira vista. 

Bom, entre um dia e o outro muita coisa aconteceu. Nesses 365 dias de diferença posso afirmar que a maternidade é linda e doce sim. Mas, que nem sempre tudo são flores, e que nesse mundo de "mãe" existe muita cor e muita dor. 

Se tornar mãe é muito fácil. É isso mesmo, quebrando todos os tabus: fazer um filho e parir é a coisa mais fácil desse mundo, e porque não, deliciosa! Difícil é educar esse filho, impor regras e limites, fazer dele uma pessoa de bem, honesta, educada, respeitosa. Está escrito ali no meu perfil, na descrição desse blog: "a maternidade é a sociedade secreta mais secreta que existe. Porque todo mundo tem uma ideia do que é, mas só sendo pra saber direitinho". E é assim mesmo, a gente imagina como pode ser a vida de uma mãe, afinal fomos criadas por uma, mas não sabemos nem 1% da realidade antes de darmos a luz. 

A maternidade é uma aventura deliciosa, prazerosa, mas muito árdua. Vai doer quando você planejar um parto normal e não conseguir... vai doer sentir os pontos da cesárea... vai doer lá embaixo quando o bebê "coroar" e quiser  nascer, mesmo que você tenha feito a analgesia para o parto normal...Vai doer quando ele cair e bater a testa pela primeira vez...vai doer quando os dentes começarem a nascer e ele tiver febre e não dormir...vai doer quando ele não acertar a pega no seio, aí vai doer e vai sangrar...vai doer quando ele tiver uma virose e mais de 39 graus de febre...vai doer quando ele quiser largar o peito...vai doer quando ele for para a escolinha e você for ficar em casa sem ele...vai doer quando a licença maternidade acabar e você tiver que voltar ao trabalho...vai doer muito, muito muito quando ele for fazer uma cirurgia...vai doer quando ele cair de moto e mesmo que ele ligue pra você e diga "tá tudo bem mãe"você não vai coneguir dormir até que você o veja realmente bem...enfim, vai doer. Amor de mãe é um amor lindo, porque filho é parte da gente, é feito da gente e dentro da gente. Carregamos eles  por nove meses dentro da nossa barriga e depois pelo resto da vida dentro do coração.

Eu amo meu filho mais que a mim mesma, mais que tudo porque graças a ele eu me descubro uma nova mulher, me reconheço agora como MÃE. 

Portanto mamães, minhas leitoras e amigas eu quero deixar para vocês a seguinte mensagem:

É tudo mentira. A mais pura verdade 

por Marília Duque

Não venha você me postar hoje, só porque é Dia das Mães, que a maternidade é só flores, que você só foi feliz depois de ter filhos ou que você sabe exatamente o que fazer porque nasceu para ser mãe. Nínguém tem a mais  ínfima noção do que é ser mãe até ser mãe. Caso contrário, aposto, não teríamos problemas com a superpopulação mundial. Fazer filho é uma delícia. Mas cria-los? Você já não era lá a rainha do bom senso na administração da sua própria vida, agora tem que dar conta da vida de outra pessoa que sequer fala a sua língua. E tudo isso, sem manual de instruções, sem central de atendimento ao consumidor e, o pior, sem a cláusula que dá direito a devolução em caso de insatisfação ( ou pânico, ou estafa, ou depressão). É, ser mãe é uma merda. Mas, com merda mesmo que a gente aduba os campos e vê crescer as flores mais lindas. E nem me venha perguntar de onde vem o amor com que a gente rega as plantinhas, porque as vezes eu tenho mesmo é vontade de jogar o regador na cabeça da criança... Então, pra você mãe que sabe do que eu estou falando: minha admiração, minha solidariedade  e meu orgulho. Ser mãe é tudo de bom. E essa é a mentira mais verdadeira que você vai viver na vida. 





Ganhei um presente consumista ( a pulseita Life da Vivara)  mas também ganhei esse super presente feito pelo meu baby lindo. Com a ajuda da minha mãe e também da irmã do Vítor a minha enteda. Eu chorei quando vi o quadro, será uma lembraça para a vida toda, jamais esquecerei esse meu primeiro dia das mães.


Meus pais imprimiram as fotos com a "prova do crime" para que eu soubesse como eles conseguiram fazer o quadro. Olha só que amor gente! Isso sim é uma recordação para a vida toda, e nem precisa gastar com presentes caros, carinho é muito mais valioso que ouro.