sexta-feira, 15 de maio de 2015

Meu filho não fala, e agora?!


Olá mamis, escrevi este post há uns 3 meses. Não postei porque na época meu computador estava mal configurado e eu não conseguia editar acentos. Mas, agora corrigi... Enfim, muita coisa aconteceu desde então, e no final está uma atualização! 

A primeira palavra que uma criança geralmente fala é mãe, ou alguma relacionada. Mamãe, papai, vovó, au au, enfim. Quando a mamae/blogueira/jornalista/neurotica/  aqui ja estava super preocupada a respeito dele ainda não falar, afinal já está  com 1 ano e 9 meses,  eis que ele "desembuchou". Até agora  tudo que saiu foram apenas monossílabos como, Ma, Aaaah, Gaaah, MammmMammmMaaam, Vvvvv, Muuuu, Uuuu, Aaaum (acompanhado de um dedo indicador fazendo sinal de negação). Ele sabe diferenciar todos os animais da fazenda e da floresta, reconhe algumas cores, distingue os brinquedos, carro, bonecos, etc, só que não fala uma palavra sequer. Bem,não  falava.
Há dois dias ele pronunciou "água" bem devagar, e ainda arrastando o aaaaa. Nós estavamos no carro, e não havia nenhum contexto, perguntei se ele queria água e ele não respondeu, não era sede, deduzi. Ele estava apenas testanto o som dessa palavra. Em momentos isolados dos dias seguintes eu percebi ele falando novamente. Mas hoje, aliás agora pouco ele falou água  e apontou para o chuveiro, que já estava ligado esperando aquecer para ele tomar banho, e mais uma vez depois que o pai dele perguntou o que ele queria por na banheira ele disse "água" pela segunda vez. 


Atualização! 

Enfim, como disse lá no começo, escrevi esse texto quando o Vítor estava com 1 ano e 9 meses. Eis que, depois desse dia ele NÃO VOLTOU A FALAR!  Parece até "bruxaria", mas depois de falar várias vezes água ele simplesmente não disse mais nada. Nesse meio tempo ele pegou um resfriado e fomos ao pediatra. Desde que ele fez 1 ano conversamos sobre o fato dele "não falar". E o médico sempre me tranquilizou explicando que era normal. Mas, sabe como é né? Mesmo não querendo, mesmo lendo pilhas de textos na internet, participando de Fóruns com outras mães, várias dúvidas e inseguranças acabam surgindo. Por algum tempo fiquei super aflita! Li alguns textos sobre crianças autistas e já estava diagnosticando ele com o transtorno. Minha mãe é professora na APAE, e por alguns momentos ficou em dúvida também. Mas, a preocupação maior não era só pelo fato dele apresentar alguma síndrome, o que para mim não mudaria em nada o amor, mas sim o fato de não estar dando a ele a atenção ou tratamento adequados. Combinamos com o pediatra aguardar um pouco mais, íamos esperar que completasse 2 anos para então tomarmos uma "atitude". E assim foi feito. Marquei uma consulta de rotina, verificamos peso, altura e, como sempre, o desenvolvimento dele é perfeito. Então, o pediatra solicitou alguns exames e avaliação com uma fonoaudióloga. E lá fomos nós. Tentamos fazer os exames, seria o teste da Orelhinha e mais um exame que verifica a audição. Não conseguimos porque a criança tem que ficar parada, e como ele já tem 2 anos não deixou. Combinamos de tentar fazer com ele dormindo. Mas, já fizemos uma avaliação. E, pela entrevista com a fono, a princípio, ela constata que o problema não é auditivo, e sim comportamental. Segundo ela, o Vítor desenvolveu outra forma de se comunicar com a gente. Ele usa gestos, nos puxa pela mão, aponta as coisas que quer, e as vezes chora até conseguir.    Começaremos hoje as sessões de terapia, e vamos todos juntos ajudá-lo a superar isso e desenvolver a fala. Estou confiante e acredito que logo logo vou ouvir um "mamãe", porque mãma mãma de vez em quando já sai. 

Torçam por nós! 




Beijos!