quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A Maternidade e suas descobertas: nasceu uma mãe

Estamos bem perto de completar 1 mês da mais completa alegria e felicidade de nossas vidas. No próximo sábado (31) o pequeno baby Vítor vai ganhar a sua primeira festinha para comemorarmos o seu "mês-aniversário". Nós só temos motivos para festejar, enquanto muita gente reclama dos primeiros dias com um pequeno bebê em casa, a nossa vida tem sido recheada de muitas alegrias e descobertas. 

Sabe aquela história que toda grávida ouve durante a gestação: "durma e descanse agora, porque nunca mais você irá dormir como antes"??? Então, é a mais pura verdade. Mas, se vocês estão esperando que eu vá me queixar de noites sem dormir, estão enganados. Eu nunca, NUNCA MESMO, dormi tão bem na minha vida. Já na gravidez meu sono era tranquilo - era incomodada apenas pelas muitas idas ao banheiro. O que acontece,  é que agora eu fico tão cansada que quando encosto a cabeça no travesseiro eu praticamente desmaio e caio em um sono calmo e profundo. Produzir quase 1 litro de leite por dia consome mais de 900 calorias, amamentar a cada três horas e trocar fraldas entre as mamadas são afazeres que podem não parecer mas cansam. 


A dica é: aproveite os momentos em que o neném dorme e descanse, além da noite toda de sono, durmo de manhã depois da primeira mamada do dia.  Nosso baby dorme por volta das 23:30 e acorda as 7h da manhã do dia seguinte. Consegui tirar a mamada da madrugada com 3 semanas de vida, seguindo as dicas do livro - Crianças francesas não fazem manha - e nem precisei deixar ele chorando, simplesmente enganei ele com a chupeta umas três noites e agora ele nem acorda mais. 

Portanto, descansada eu consigo  manter a calma e a tranquilidade pra enfrentar a rotina diária de cuidado e carinho que ele merece e precisa. Aliás, eu descobri no meu "eu-mãe" uma pessoa tão zen que nunca pude imaginar. Está aí mais uma grande e deliciosa descoberta, eu posso me manter calma mesmo quando um pequeno bebê chora desesperadamente. Claro que bebês choram, e isso é absolutamente normal. Ele tem poucas crises de cólicas, e para elas existem remédios. As vezes eu me sentia culpada por usa-los, até que em uma das consultas nosso pediatra explicou que antes eles  do que deixar meu filho sentindo dor. Afinal, se você tem dor de cabeça o que faz? Corre tomar um remedinho, com eles não pode ser diferente. Usando as doses corretas prescritas pelo pediatra e obedecendo o tempo adequado entre elas não há problema. Dê remédio sem culpa quando for realmente necessário. 

Apesar das inúmeras posições contrárias decidimos oferecer a chupeta para ele, sei que pode não ser a opção mais correta mas procuro compensar oferecendo leite materno em livre demanda.

Por enquanto todas as nossas escolhas tem dado certo, nas consultas de rotina com o pediatra ele sempre se manteve muito bem e desde o retorno de 1 semana ele vem ganhando peso. Sabe-se que é normal que os bebês percam algumas gramas logo depois do nascimento. O Vítor nasceu pesando 3,130 kg e saiu da maternidade com 2,990 kg e uma semana depois estava com 3,240 kg. Agora, com quase 1 mês de vida ele está pesando 4,080 kg, ganhou quase 40g por dia enquanto a média é 35g. 







Esse é o resultado de uma boa amamentação  por conseqüência de um cuidado especial meu - dieta saudável, alimentos sem muitos condimentos, nada de frituras, café, leite e derivados e chocolate. Além de ter o parto natural eu também sempre sonhei em amamentar com leite materno, em livre demanda e exclusividade. Não demos nenhum tipo de complemento e vamos continuar nos esforçando para não precisar. 


Amamentar é tudo de bom, e assim como foi para o parto, eu me preparei e muito para conseguir alimentar o meu filho,  desde a gestação. Fiz direitinho tudo que me falaram, tomei sol nos mamilos, passei cremes e esfreguei com bucha no banho. Tomo muita água durante o dia todo, e continuo cuidando para que o bico do seio não tenha rachaduras. Resultado: não sinto e NUNCA senti dor ao amamentar. Eu li muito sobre qual é a pega correta e aproveitei a boa vontade das enfermeiras da maternidade para que elas me ensinassem a maneira certa. Mesmo tendo passado apenas um dia lá, em cada mamada eu chamava alguém para me ajudar. 

E assim é a maternidade, cheia de novas descobertas a cada  dia. De repente, você que nunca na vida sonhou em cuidar de uma criança, se pega pensando que ninguém troca a fralda do seu filho melhor que você, nem mesmo a sua mãe que fez isso duas vezes na vida porque cuidou de você e do seu irmão. Descobre que é melhor dar banho depois da mamada porque o bebê fica mais tranquilo bem alimentado.  E também que, comprar babadores evita que você tenha que trocar toda a roupa depois de dar de mamar porque bebês pequenos vomitam com freqüência. E que, o melhor reflexo seu já visto será enxergado nos olhos do seu filho olhando pra você quase hipnotizado enquanto em seus braços ele mama e depois adormece. 

"Quando nasce um bebê nasce também uma mãe e uma nova família", quando você pensa que não é mais possível haver mais amor dentro de você, descobre também que a maternidade é uma linda história de amor que, se Deus permitir, vai durar uma vida inteira.


sábado, 10 de agosto de 2013

Enfim, o baby chegou!

Oi gente, voltei! 

Nos primeiros dias depois da chegada do baby  tudo que a gente mais quer é ficar perto dele, sentir o cheirinho e se pudesse respirava o mesmo ar. Mas, agora que já se passaram 10 dias posso dizer que já me adaptei a nova rotina e quero contar para vocês como foi a "nossa hora". 

Não poderia ter sido mais perfeita e linda. Saí da sala de parto me sentindo mais mulher, mais forte quase uma leoa. Foram apenas 4 horas, quase um recorde em se tratando de primeiro parto. Chegamos na maternidade às 4h da madrugada e às 8:13 (exatamente) ele nasceu. Quando eu soube que seria mãe eu tinha certeza que o parto  seria normal. Para concretizar esse sonho eu me preparei, física e psicologicamente. Considero-me a prova de que todo o esforço vale muito a pena e que a força do pensamento positivo é poderosa. 

Em pelo menos duas das quatro horas, eu senti muitas dores, cólicas fortes em surtos que vem e passam. Quando cheguei na maternidade estava com 3cm de dilatação e em uma hora e meia já estava com quase 7cm. Não aguentei e pedi a analgesia. Fiquei  duas horas sob efeito dela até que a tão esperada hora chegasse. Com a analgesia eu sentia apenas as contrações e foi reconfortante sentir o alívio proporcionado, pude descansar pra me preparar pelo que vinha pela frente.

Quando atingimos os 10 cm ele já estava querendo nascer, e comecei a sentir as dores do Vítor pressionando para sair. Aí meu povo, não tem analgesia que resolva, eu senti sim muitas dores e fiz muita força por quase 20 minutos. Na sala pré-parto foram 15 minutos fazendo força até ele "coroar". Quando me levaram para a sala de parto faltava pouco, e em 10 minutos ele nasceu. Interessante lembrar de todos os detalhes, mas eu fiquei de olho no relógio o tempo todo e se vocês querem saber eu achei que foi tudo muito rápido. 

Dessa experiência eu posso dizer que ter um filho por um parto natural é a coisa mais linda que pode  acontecer na vida de uma mulher. É a prova maior de que de frágil nosso sexo não tem nada. Não trocaria essa experiência por nenhuma outra "certeza" de que na cesárea tudo daria certo e seria rápido. 

A tranquilidade e o apoio do meu querido e amado marido e também da minha mãe foram fundamentais para ter dado tudo certo. Ao meu lado estavam as melhores pessoas, a segurança e firmeza da minha médica e de toda a sua equipe também foi muito importante. Sabe, "na dor e no amor" é que se conhece verdadeiramente o temperamento das pessoas, e todo mundo foi tão paciente comigo, me senti confortável, bem cuidada, acolhida. Em nenhum momento tive medo de algo não dar certo, a cada passo o bebê e eu éramos   monitorados, comprovando o comprometimento e a qualidade do serviço prestado pelo hospital da minha cidade. (Obrigada a todos)



"O parto é como uma ponte. Alguém pode te levar até a entrada e te pegar na saída, mas é apenas você e o seu bebê que vão, juntos, atravessá-la".



Tranquilidade é a chave para tudo dar certo. Comecei a sentir as dores por volta da meia-noite. Dormi e acordei as 3h da madrugada com as dores um pouco mais fortes, tomei banho e me arrumei (passei até uma base e um blush). Meu marido também tomou banho e  fez a barba antes de irmos pra maternidade. E antes, claro, registramos o momento em que saímos de casa.


No segundo seguinte que ele nasceu já veio aos meus braços, nós dois cansados porém muito felizes por termos enfim nos encontrado sem a intervenção de ninguém, apenas usando a força do amor!


Uma hora depois do parto - já tinha tomado banho ( cara de cansada) depois de ter passado a madrugada em claro


Amamentar: momento único e muito especial


Desncansando após algumas visitas


Ocitocina Sintética: "eu não usei"

No auge do trabalho de parto a minha médica fala: "ele tá vindo, e eu nem usei a Ocitocina" e eu já morta de cansaço de tanto fazer força disse: "então aplica". Por sorte minha, nem foi preciso, ele nasceu sem a ajuda do hormônio sintético, apenas com o poder do nosso hormônio do amor. E porque estou falando sobre isso? Pouca gente sabe o que é , pois eu vou tentar explicar: 

A ocitocina é um hormônio presente no corpo do homem e da mulher, popularmente conhecido como hormônio do amor.

A  ocitocina (sintética) é, comumente,  utilizada para induzir o parto nas mulheres com mais de 41 semanas de gestação.

Função da ocitocina

A função da ocitocina é estreitar o vínculo afetivo entre mãe e filho, além disso, é o hormônio que faz com que o útero contraia no final da gravidez para que o bebê nasça.

A ocitocina é chamada de hormônio do amor pois está intimamente ligada à sensação de prazer e de bem estar físico e emocional, e à sensação de segurança e de fidelidade entre o casal.

Os defensores do parto humanizado condenam o uso indiscriminado da ocitocina sintética para acelerar o trabalho de parto. Como vocês sabem eu pesquisei muito a respeito de tudo, e em vários casos li que o  hormônio sintético pode causar hemorragia pós parto e outros problemas, como bloquear a liberação do hormônio natural o que pode afetar o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê. Bom, em muitos casos é questão de opiniões diferentes. Eu queria o parto natural, e não me importaria se tivesse que usar ou não o hormônio. Mas, o fato de não ter sido necessário é mais uma prova de que com amor verdadeiro TUDO É POSSÍVEL. 

Recuperação

Não foi por causa dela que eu optei pelo parto natural, mas com certeza é um ponto a ser levado em conta. Uma hora depois do parto eu tomei banho sozinha e duas horas depois já estava amamentando meu filho pela primeira vez, e com muito leite. Mais uma vez a prova de como o hormônio do amor funciona!!! No dia seguinte ganhamos alta e pudemos voltar para casa e descansar, uma maravilha! 

Gente, prometo atualizar o blog, só não sei com que frequência vou conseguir. Obrigada pelas mensagens de carinho e apoio.

Beijos e até a próxima!!!!