domingo, 12 de janeiro de 2014

Crise dos 6 meses, e agora?

Eu tinha sido muito bem avisada: "No começo eles só dormem",  "a medida que vão crescendo o trabalho também aumenta"... É, eles crescem mesmo rápido demais. Aquele bebezinho minúsculo que ficava quase 1 hora grudado no meu peito pois é, ele já não existe mais.

Foram 5 meses, parece que eu deitei e acordei e quando vi se passaram tantas coisas. Nesse tempo todo já criamos e mudamos várias rotinas. Ele mudou duas vezes de tamanho de fraldas e roupas. Quase fica sentado sozinho, já pega tudo que der para segurar e claro, vai tudo direto para a boca. Os dentes estão dando sinais de que querem nascer e haja mordedor e babador. 

Mas, a principal mudança é no temperamento, ele fica muito, mas muito agitado quando está com sono. Chora, se joga para trás, como se quisesse se largar do colo, e na hora da mamada é a mesma coisa. Só mama tranquilo se não estiver cansado. 

Claro que eu, e todos da família, reparamos essa mudança radical de comportamento. Confesso que não fiquei tão assustada, mas admito que o MEU comportamento também mudou. Assim como ele, também fiquei mais estressada, e com pouca paciência. Fiquei chateada por ele começar a acordar no meio da noite ( já que desde os 20 dias de vida não acordava mais) e por passar a dormir mal fiquei muito mal humorada ( 'sorry' marido, mãe, e todos que me ajudam).

Bom, isso já faz umas duas semanas, e tudo isso começou logo depois de completar 5 meses e bem no meio de uma viagem, ficamos 1 semana longe de casa. No começo pensei que ele estava estranhando estar fora. Mas, mesmo depois que voltamos, ele continuou assim. Viajamos de novo e toda essa ansiedade ainda persiste. 

Fazendo algumas pesquisas na internet, descobri que além da "crise dos 3 meses", existem várias outras "crises". Na real, esses primeiros anos de vida, são todos cheios de "altos e baixos", e não tem muito que possamos fazer, a não ser nos preparar para encarar essas crises. 

Estou tentando voltar a ser mais calma, exercitar a paciência é uma ótima atividade. Buscar informações  é um bom passo. Leia sobre essas crises, tendo conhecimento você vai poder dar uma boa resposta na hora em que  alguém quiser dar pitaco do que você deve fazer para o neném parar de chorar, ou ainda quando começarem  a surgir comentários do tipo: "não é fome?", "seu leite deve estar fraco", "só pode ser refluxo", "intolerância a lactose", "quebrante ou olho gordo", e o festival de palpites vai longe. 

De acordo com o site Bebe.com.br aqui nos primeiros 12 meses de vida, o bebê enfrenta quatro crises, aos 3 meses,  6 meses, 8 meses e 1 ano. 

Essas crises estão ligadas ao desenvolvimento das habilidades da criança. 

Já o site, Guia do Bebê aqui, diz que toda vez que o nosso bebê desenvolve uma nova habilidade, ele fica tão excitado e obcecado com a conquista que a quer praticar o tempo todo, inclusive durante o sono. Em outras palavras, um dos ‘efeitos colaterais’ desse trabalho todo que o cérebro deles está fazendo é que eles não dormem tão bem quanto o fazem em períodos que não estão trabalhando em dominar uma nova habilidade. Eles podem até resistir às rotinas já estabelecidas.

No período que imediatamente antecede o chamado salto de desenvolvimento, o bebê repentinamente pode se sentir perdido no mundo, pois seus sistemas perceptivo e cognitivo mudaram, houve uma maturidade neurológica, mas não tempo hábil para adaptação às mudanças. Então o mundo lhe parece estranho, e o resultado da ansiedade gerada é geralmente desejar voltar para sua base, ao que já lhe é conhecido, ou seja, a mamãe! Em vista disso, é comum ficarem mais carentes, precisando de mais colo, e com frequência há também alterações em seu apetite e sono.


Vou falar da qual estou passando: 

Crise dos 6 meses

Segundo o site essa é a crise da formação do triângulo familiar. Por mais que o pai tenha sido presente e ativo desde o nascimento, ele não teve uma relação tão forte com o filho. Com seis meses, o bebê, que já conhece a mãe, começa a reconhecer a figura do pai, dando início a formação do triângulo - e a crise.

Os sintomas são todos os que eu já relatei: pouco apetite, agitação e sono conturbado.

Na 23ª semana ( seis meses)  o bebê parece se tornar mais ‘difícil’. Ele busca maior contato corporal durante as brincadeiras. O bebê já consegue coordenar os movimentos dos braços e pernas com o resto do corpo. Senta sem apoio e põe objetos na boca. Nessa idade ele começa a entender que as coisas podem ficar dentro, fora, em cima, embaixo, atrás, na frente, e usa isso em suas brincadeiras. Ele passa a entender que quando a mamãe anda, ela vai se afastar e isso o assusta, então reclama quando a mãe sai de perto. Depois desse salto o bebê vai ficar interessado em explorar a casa, armários, gavetas, achar etiquetas, levantar tapetes para olhar o que tem embaixo. Ele se vira para prestar atenção nas vozes, consegue imitar alguns sons, rola bem em ambas direções e começa a se apoiar em algo para ficar de pé. Adquire maturidade para receber alimentos sólidos. Essa fase pode durar cerca de 4-5 semanas.

Então, nessas fases, é preciso apenas ter um pouco de paciência e empatia com o bebê - depois do processo de aquisição da nova habilidade (como rir, engatinhar, sentar, interagir, andar) o bebê dá um salto no desenvolvimento e demonstra felicidade com o final da ‘crise’. Ou seja, por um lado, o bebê fica feliz com a nova habilidade e independência que vem junto, e já é capaz de se afastar um pouco da mamãe. Por outro lado, sente angústias e receios com essa nova situação. Isso lhe traz sentimentos dúbios: é como uma ‘dança louca’ entre separação e apego, onde o bebê irá flutuar entre os dois por um período.

A duração de cada salto é variável, mas geralmente depois de algumas semanas a fase difícil passa e tudo volta à normalidade. Bebês e crianças precisam de cuidados amorosos, empatia e novas experiências, e não de brinquedos caros. Fale com seu bebê, cante, brinque com ele, leia para ele. São atividades chave para o desenvolvimento do cérebro. Os saltos no desenvolvimento não cessam na infância, mas continuam até a adolescência.





Com sono e muito irritado!

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