sábado, 15 de agosto de 2015

A arte de mudar de opinião: porque decidi batizar só com 2 anos

No post passado, naquele extenso relato sobre meus 30 anos,  falo bem no final sobre o direito que temos em mudar de opinião. E é sobre isso que quero escrever hoje.  

Na vida materna somos constantemente bombardeadas com informações, e há algum tempo eu percebo o quanto as experiências que tomamos e por conseqüência,  seus resultados afetam as nossas opiniões. E eu estou sendo bem generalista, desde que estava grávida mudei muito a forma de pensar sobre várias coisas, amamentação, parto, criação. Imagine só, se eu mudei e me transformei, é obvio que as minhas "convicções" também mudaram. 

Mas, escrevo porque quero relatar algo em que recentemente mudou drasticamente em mim. Nasci e cresci em uma família católica, fiz catequese, frequentava rigorosamente a Igreja, fui corinha e catequista. Mas, a medida em que expandi horizontes, conheci outras culturas e  religões, enfim vivi no Mundo experiencias que me distanciaram da Igreja. Por várias razões acreditei por muito tempo que não precisava estar em um local especial para que "estivesse com Deus". Preciso, antes de tudo, ressaltar que sou uma pessoa altamente espiritualizada, tenho fé, acredito em Deus, mas não necessariamente frequento a risca nenhuma religião. Ainda tenho dificuldades em aceitar que tenhamos que seguir "regras" para que sejamos aceitos ou que são estas mesmas "normas" que ditam a qualidade e o tamanho de sua crença. Quanto a isso, nada mudou. O que quero dizer é que, por pensar assim eu e meu marido decidimos que não iríamos batizar o Vítor em nenhuma Igreja. 

Acredito que para ser do bem, para viver em Deus, não existem regras. Além, daquelas em que a própria Natureza, que nada mais é do que Deus sendo manifestado, explica. Toda ação causa uma reação, e assim todo o bem que a gente faz, o bem retorna para nós. E isso serve para bons ou maus sentimentos. Por isso, além de fé em Deus, acredito que "quem planta milho, não colhe feijão". Para sermos felizes, precisamos carregar conosco boas ações e coração puro,  livre de sentimentos como inveja e rancor. Quem sente paz, quem não fala mal dos outros, quem não leva mentiras e não espalha fofocas, quem não julga é livre, leve e solto, quem vive assim, mesmo que não acredite, vive em Deus. 

Creio, piedosamente, que de nada vale ir toda semana a Missa, ao Culto, a Reunião Espirita, se você fala mal do seu vizinho, se você critica o tempo todo os outros, se você acha que é o melhor naquilo que faz e não admite ter concorrentes. Se você deseja que um casal se separe, porque "não suporta" a esposa dele. Desculpa, você está vivendo uma mentira. 

Ninguém consegue viver em perfeição, e é lógico que temos opiniões contrárias, e o famoso ditado, muito bem aqui se aplica "o que seria do branco, se todos gostassem do preto?". Por isso, eu posso sim achar que a "fulana" é chata, se já conversei com ela e vi que nada se aproveita, somos diferentes, não consigo estabelecer com essa pessoa uma amizade porque temos estilos e pensamentos diferentes. Posso acha-lá feia, gorda, cafona, porque odeio aquele tipo de cabelo, acho brega. E claro, isso não é errado. Desde que eu não tente desmerece-la, ou prejudicá-la. E sinceramente, qual o problema das pessoas quanto a isso? Você não pode discordar de ninguém que é recalque, e sinceramente, já deu né! Esse papo de "recalcado" só é legal quando cantado pela Valesca Popozuda. Fora isso é "mania de perseguição" e por favor, parem com isso que fica feio! 😋

Tendo essa consciência, e sabendo que o que penso hoje não é o mesmo que acreditava ontem, decidi, depois de muita insistência da minha mãe, batizar nosso filho na Igreja. Era um antigo pedido dos meus pais, da minha sogra e de alguns familiares. Mesmo depois de termos combinado que ele não seria inciado por nós em nenhuma religião além daquela que está dentro de cada um. Mudei de opinião. 

Sim, MUDEI DE IDEIA, voltei atrás, refleti. E ainda que não concorde, com 100% do que esta religião prega, demos a ele a chance de também fazer parte. Talvés hoje o entendimento que ele tenha seja pequeno, mas eu conversei e expliquei nossos motivos. E assim que crescer, ele, será lembrando disso. O importante não é onde  nem como você reza a sua fé, mas como você a expressa. Acredito que para viver em Deus, tenhamos que viver na Paz, e principalmente na verdade. Temos que ser fiéis aos nossos sentimentos, construir e manter bases sólidas de amizade, cumplicidade e respeito. E por mais que as vezes as pessoas nos decepcionem, existe o perdão, e ele precisa ser praticado. Ninguém nesse Mundo é melhor ou pior que você, julgamentos só afastam as pessoas e a vida é um constante aprendizado. Isso, meu filho, é o que importa. 

O dia do batizado dele foi muito especial, por vários motivos. Primeiro a família estava toda reunida, e aproveitamos para que além do Vítor a minha sobrinha Yasmin fosse batizada. Além disso, foi o dia do meu aniversário de 30 anos e eu comemorei triplamente. Reuni a familia para um jantar, e comemoramos a vida e essa importante iniciação dos nossos pequenos. Por isso vou compartilhar no blog as fotos dessa noite maravilhosa, vivida intimamente por nós!










Minha cunhada, sobrinha e irmão! 


Nossos pequenos nesse dia Especial!





Padrinhos do Vítor, meu irmão Daniel e a irmã do Vítor Mari






Vítor e os "dindos"



Recebendo o óleo do batismo.


Vovó e vovô dindos




Jantar de comemoração para a família

Batizado e meus 30 anos!










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